sábado, 26 de fevereiro de 2011

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IPEA: O Brasil pode avançar no combate a gases do efeito estufa


O Brasil pode obter mais recursos para financiar o desenvolvimento sustentável e investir em medidas de combate à emissão de gases de efeito estufa por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). A avaliação consta de comunicado divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Os mecanismos de desenvolvimento limpo são derivados do Protocolo de Quioto, que estabeleceu metas de redução de emissão de gases poluentes, como gás carbônico (CO2), para países desenvolvidos. Assim, o Brasil não precisou cumprir o protocolo, mas usou estratégias para vender aos países poluentes sua "cota de não poluição", os chamados créditos de carbono.
Segundo a técnica de Planejamento e Pesquisa do IPEA, responsável pelo estudo, Maria Bernadete Gutierrez, seguido pela China e a Índia, o Brasil é o país com mais projetos de desenvolvimento limpo e a maioria em geração de energia elétrica e suinocultura. Mas, para a especialista, um potencial enorme pode ser explorado nos setores de tratamento de lixo e de saneamento básico, por exemplo.
"O Brasil tem uma política de gestão de resíduos muito fraca ainda. Pensávamos que a natureza teria condições de absorver nosso lixo, mas vemos que não", afirmou. "Com os projetos de MDL, há uma maneira de, parcialmente, financiar o desenvolvimento sustentável em diferentes campos como geração de energia e combate às queimadas e não colocar tudo na conta do contribuinte".
Por outro lado, Maria Bernadete afirma que os custos para o desenvolvimento dessa tecnologia são elevados e podem chegar a US$ 200 mil somente na fase de preparação do projeto. Como solução, ela propõe o consórcio entre municípios, parceria entre os níveis de governo e com a iniciativa privada.


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